segunda-feira, 22 de março de 2010

FATOS CURIOSOS: ROMANCE ANÔNIMO



O escritor Vladimir Blinov, da cidade de Ekaterinburgo, foi distinguido com o prêmio literário municipal pelo seu invulgar livro intitulado “Romance Anônimo”. Essa obra fora de comum traz somente uma frase. O escritor ganhou o “Prêmio Nobel Book” pela “obra mais original de 2009 a desenvolver os princípios do minimalismo na literatura da Rússia”. A par do reconhecimento público da originalidade do seu romance, Vladimir Blinov recebeu uma medalha especial executada por um pintor local e o respetivo diploma.

O dito romance traz somente as palavras “Não pode! Eu própria!” Além desta frase, o livro contém umas ilustrações, algumas das quais feitas pelo próprio autor, assim como um comentário de um crítico literário.

O “Prêmio Nobel Book” foi instituído por umas personalidades culturais de Ekaterinburgo. Esse galardão é por enquanto conferido somente a autores de obras literárias, mas os organizadores prometem não descurar futuramente de outras correntes de arte.

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Curiosidades - Voz da Rússia

Um comentário:

OKTOBERBLOG disse...

Literatura minimalista

A literatura minimalista é caracterizada pela economia de palavras. Os autores minimalistas evitam advérbios e preferem sugerir contextos a ditar significados. Espera-se dos leitores uma participação ativa na criação da história, pois eles devem “escolher um lado” baseados em dicas e insinuações, ao invés de representações diretas. Os personagens de histórias minimalistas tendem a ser banais, comuns, inexpressivas, nunca famosos detetives ou ricos fabulosos. Geralmente, as histórias são pedaços da vida.

A raiz da literatura minimalista americana é o trabalho de Ernest Hemingway, e um dos melhores exemplos desse estilo é o seu "Hills Like White Elephants". Como Hemingway nunca descreve a entonação que a personagem assume quando fala, o leitor é forçado a interpretá-la baseado na resposta. Além disso, apesar da paisagem ser parte integrante de uma história, ela nunca é explicitada no minimalismo.

O nome mais associado a literatura minimalista, entretanto, é o do norte-americano Raymond Carver. Em contos de pouquíssimas linhas o autor procura captar a vida através de ângulos e personagens simples, inesperadamente transformados em figuras e fatos insólitos, misteriosos, mentirosos.

No Brasil tem crescido muito a produção de minicontos (ou microcontos), gênero associado ao minimalismo. Nesse sentido a obra Ah, é?, publicada por Dalton Trevisan em 1994, é considerada obra-prima do estilo minimalista.

Em 2004 o escritor Marcelino Freire resolve radicalizar e lança o livro Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século, em que convida cem autores para escrever histórias de até 50 letras (sem contar título e pontuação). No ano seguinte, a Editora Casa Verde leva a idéia para o Rio Grande do Sul, lança o Contos de Bolso, e desta obra surge o que talvez seja o menor conto já produzido em Língua Portuguesa, de Luís Dill: Aventura Nasceu.

Fonte: Wikipedia