terça-feira, 1 de outubro de 2013

DESFILES DA OKTOBERFEST BLUMENAU 2013




DESFILES DA OKTOBERFEST TRAZEM A CULTURA ALEMÃ PARA A RUA
Todos os anos, a Oktoberfest Blumenau leva a história e as tradições blumenauenses para umas das principais vias da região central da cidade. A rua XV de Novembro serve de passarela para os desfiles da festa, que são um verdadeiro festival cultural. São inúmeros representantes dos tradicionais Clubes de Caça e Tiro da cidade, grupos folclóricos, bandas, fanfarras, alegorias, carroças e carruagens com tração animal e brinquedos divertidos que se apresentam gratuitamente e ao ar livre.

A 30ª Oktoberfest, que acontece de 3 a 20 de outubro no Parque Vila Germânica, promoverá um total de seis desfiles oficiais durante os 18 dias de festa. Aproximadamente 3 mil apaixonados pela cultura germânica se apresentarão, vestindo seus trajes típicos alemães, apresentando danças, músicas e encenações, interagindo com o público e trazendo à rua a fonte de inspiração da segunda maior Oktoberfest do mundo e da maior festa alemã brasileira.

Em 2013, os desfiles serão, como todos os anos, abertos pela fanfarra de uma escola da rede municipal de ensino seguido das bandeiras do Brasil, de Blumenau, da Oktoberfest, da Alemanha e de todos os estados brasileiros. A primeira alegoria dos desfiles representa o tema da festa: os 30 anos da maior festa alemã brasileira. E ele evolui pelas alas nossa cultura, cidade jardim, a arte da cerveja, musica e dança, a gastronomia, a família, Alemanha/Brasil e Turistas.



Serão 12 alegorias feitas por artesão blumenauenses, marcando as fases de evolução dos desfiles. Todas trazem um objetivo em comum: representar a cultura germânica de Blumenau. Os carros alegóricos são montados sobre plataformas puxadas por jipes que chegaram ao Brasil após a Segunda Guerra Mundial e também fazem parte da história da Alemanha e dos imigrantes alemães no Brasil.

A primeira alegoria a entrar na Rua XV é uma reprodução dos dois canecos de chope que são a logomarca da festa. Com mais de dois metros de altura e feitos de isopor, os canecos brindam ao público presente e apresentam o que vem em seguida: uma réplica do Castelinho da XV, circundado pela realeza da festa. Rainha e Princesas da 30ª Oktoberfest fazem uma homenagem aos 30 anos da maior festa alemã brasileira.

Após a realeza, vem o carro que encena os centenários Bailes de Colono, abrindo as atrações que representam a cultura da cidade. Há mais de 100 anos, os Clubes de Caça e Tiro reúnem a comunidade em ventos que envolvem competições de tiro ao alvo, confraternização e danças típicas. Tudo para manter viva a história de seus antepassados, passando de geração em geração os costumes do povo. Para representar uma época em que a maior parte da população vivia do cultivo da terra e da criação de animais, quando os colonos penduravam no teto de suas casas ou armazéns o produto de seus cultivos, como frutas, verduras ou embutidos, o carro alegórico traz estes produtos e os seus ocupantes encenam uma típica festa alemã, com direito a música, tiro ao alvo e, é claro, boa gastronomia.

Até mesmo o prédio da Prefeitura entra na festa, com uma representação fiel que conta até mesmo com uma miniatura da Macuca, a locomotiva que passava por Blumenau transportando mantimentos entre o Alto Vale e a cidade de Itajaí. No carro, os ocupantes demonstram todo o encantamento que turistas e comunidade têm ao se deparar com as belezas arquitetônicas da cidade, tirando fotos e observando cada detalhe dos jardins e construções.

A Arte da Cerveja é representada na quarta alegoria do desfile, com uma encenação dos monges produtores de cerveja e seus experimentos químicos que resultaram no líquido que já é marca da Oktoberfest. As tardes dançantes realizadas pela comunidade rural de Blumenau estão no quinto carro, mostrando os colonos e suas famílias dançando e se confraternizando com seus vizinhos. A Gastronomia é o tema das atrações seguintes, representada por uma cozinha da época da colonização e os fartos e deliciosos cafés coloniais, com direito a cucas, café típico, linguiças e outras iguarias caseiras tradicionais e que até hoje são produzidas na cidade e enchem a mesa das famílias blumenauenses.

Entrando cada vez mais fundo no dia-a-dia do blumenauense, o sexto carro traz o tema A Família. Cinco atores apresentam como era a vida na Blumenau colônia. Saindo da casa dos blumenauenses, o tema se transforma nos turistas que visitam nossa cidade durante todo o ano. Nesta alegoria, uma representação do Teatro Carlos Gomes homenageia o trabalho artístico e cultural desenvolvido na cidade.

Um desfile da Oktoberfest objetiva transmitir de forma lúdica e alegre aos espectadores todos os aspectos que compõem a cultura e as tradições regionais. "Considero o desfile um cartão postal da cidade. É emocionante ver essas reproduções das nossas tradições. É como se um pedaço da gente estivesse ali se apresentando", conta Rosane Becktold, coordenadora dos desfiles que acompanha o evento desde sua primeira vez.

História viva

As alegorias são intercaladas pelas apresentações de grupos folclóricos, representantes dos clubes de Caça e Tiro, bandas e fanfarras. Blumenau conta com mais de 50 Clubes de Caça e Tiro. Seus representantes desfilam envergando as medalhas conquistadas nas competições mais antigas da região: bolão, tiro ao alvo e jogos de mesa, entre outros. “O desfile é considerado por nós o ponto alto da festa. Todos os sócios do Clubes de Caça e Tiro aguardam ansiosamente durante todo o ano para podermos mostrar um pouco do que praticamos ao longo do ano: nossa alegria, nossos trajes e nosso jeito germânico de ser”, conta Moacyr Flor, presidente da Associação dos Clubes de Caça e Tiro de Blumenau.

As canções germânicas que embalam os desfiles são tocadas por mais de 15 bandas estrategicamente colocadas entre os demais grupos. São bandas de músicos profissionais e fanfarras de algumas escolas de Blumenau. Entre as bandas e fanfarras, os gritos e o som das palmas dos dançarinos dos grupos folclóricos podem ser ouvidos. Os grupos reproduzem as danças de seus antepassados, mas com muito mais empolgação e barulho do que seus ancestrais europeus faziam. "Somos brasileiros dançando o folclore germânico. A dança dos grupos traz uma bagagem de mais de 150 anos influenciada pelos hábitos e costumes que este novo e tropical território proporcionou: riqueza de cores, sons e sabores que nos tornam únicos, alegres e extremamente sonoros", explica Alessandra Klug, mestra em artes e integrante da comissão organizadora dos desfiles. As coreografias caprichadas são treinadas ao longo do ano. Os pares fazem movimentos complexos, que exigem muita força e concentração. "A dificuldade dos movimentos é superada pelo trabalho em equipe. Trabalhamos tanto juntos e dependemos tanto uns dos outros que nos transformamos de um grupo de dançarinos num grupo de amigos. O sorriso e os inúmeros pedidos de fotos feitos pelos espectadores compensam os ensaios árduos do ano todo", conta Jefferson Kaltz, coordenador do Grupo Folclórico Germânia, que desfila há 7 anos.

Toda a organização do desfile é pensada com muita atenção, sensibilidade e harmonia, para que exista uma divisão histórica dos temas tratados, e de forma que exista uma sincronia das alas, mantendo um cuidado para que as atrações não influenciem umas às outras, como por exemplo no caso de bandas e fanfarras, que não podem ficar próximas a carros com som mecânico. Enquanto a beleza se repete a cada atração do lado de dentro do desfile, do lado de fora a organização, segurança, limpeza e informação são os destaques, oferecendo à comunidade e aos turistas uma festa completa e onde tudo ocorre em harmonia.
Assessora de Comunicação: Ana Matesco

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