Foto: Marcelo Martins |
São 32 anos de festa e de muito
trabalho, mas também de diversão para o empresário Jonas Estélio Neves e a
auxiliar de limpeza Verônica Matilde Ribas. Vidas diferentes que se ligam pela
Oktoberfest através de décadas de festa e de batente.
Jonas tem 59 anos e é o
responsável pelo som e iluminação da festa desde o início. Contabiliza até hoje
551 dias de trabalho, ou seja, esteve presente todos os dias desde o primeiro
até hoje. A empresa familiar que pertenceu ao pai já prestava serviços para a
Oktoberfest lá na primeira edição da festa, no que antigamente era conhecido
como Famosc, passou a pavilhão A da Proeb e hoje é um complexo de setores que
abriga a maior festa alemã da América do Sul.
Helmut Högl é um nome marcante
para Jonas. O maestro, falecido em 2000, e que compôs o hino da Oktoberfest,
Hallo Blumenau, fazia questão que ele fosse seu locutor no palco antes da
apresentação da banda. Cassiano, como é conhecido por causa do nome da empresa,
gosta do clima de trabalho festivo que encontra na Vila e garante que nessas 32
edições não deixou de vir à festa nenhum dia, mesmo que tenha dias de cansaço.
“Fico preocupado se está tudo funcionando e qualquer problema a organização do
Parque sabe que pode me procurar. Se estou aqui, fica mais fácil.”. Nesses anos
de labuta, Jonas fez amigos, formou uma família e viu a estrutura da festa
mudar. “As mesas de som eram do tamanho de um sofá. Mas acredito que a festa
está sempre melhor e inovando, adequada ao seu tempo”, concluiu.
A vida de Verônica Matilde em
Blumenau sempre teve a Oktoberfest presente. Aos 78 anos, ela trabalha com a
limpeza da festa, sempre caracterizada com a tiara de flores, e não quer parar.
“Adoro a festa, é muito boa. O espaço está cada vez melhor, as pessoas
também.”, elogiou. A senhora de espírito jovem, que gosta do turno da noite,
tem guardada a tiara que usou na primeira edição da festa e já ganhou algumas
outras. Das coisas boas que a Oktoberfest lhe trouxe, Verônica lembra que no
ano passado conheceu uma atriz de novela, e conta que aparece em vídeos e fotos
de turistas na Internet.
Esses anos de trabalho
proporcionaram ainda juntar uma renda extra, que nos últimos anos ela usa para
viajar e visitar a família. Ano passado ela foi até Mato Grosso, ao Paraguai e
esse ano planeja ir à Cascavel. “Eu vou, mas sempre volto. Meu lugar é aqui. É
um prazer trabalhar na Oktoberfest. Fico contando os dias.”, revelou a auxiliar
de limpeza, que garante que o banheiro pelo qual é responsável é o mais limpo
da festa.
Em comum entre esses “patrimônios”
estão o gosto e dedicação ao trabalho, para fazer uma Oktoberfest cada vez
melhor para todos os visitantes.
Assessora de Comunicação: Marília Prado
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